sexta-feira, 13 de julho de 2012

Farol de Alexandria

Farol de Alexandria Egito 279 a.C. Considerada uma das maiores produções da técnica da antiguidade. Foi construído pelo arquiteto grego Sóstrato de Cnido na ilha de Faros, em frente à cidade de Alexandria. Neste primeiro farol obtinha-se a luz acendendo em seu cume uma grande fogueira utilizando, provavelmente, estrume seco, e um jogo de espelhos de bronze. O efeito era tão grandioso que, segundo relatos da época, era como se um sol brilhasse a noite. Por mais de cinco séculos, guiou todos os navegantes, num raio de 55 quilômetros da antiga cidade egípcia. Dele nasceu o nome com o qual se designam hoje estas torres que dão sinais aos navegantes. Essa obra, feita toda em granito, começou a ruir no século IV, quando terremotos e deslizamentos tragaram boa parte de Alexandria, acabando com o brilho da “cidade dos mil palácios”.

Eratóstenes Grécia 284 a.C.

Eratóstenes Grécia 284 a.C. 192 a.C. Astrônomo e matemático da escola de Alexandria que avaliou pela primeira vez o comprimento da circunferência da Terra (252.000 estádios, ou seja, 40.000.000 metros), com medições originais mediante a aferição da amplitude do arco de circunferência entre Siena e Alexandria. Traçou os primeiros mapas com longitudes e latitudes. Foi o inventor também de um sistema para determinação de números primos, chamado “Crivo de Eratóstenes”. Por volta de 220 a.C. muita gente já achava que a Terra era redonda, mas ninguém sabia dizer qual a medida de sua circunferência. Inconformado com esse estado de coisas, mas também comodista, tratou de resolver o problema sem ter que sair de casa, utilizando-se do sol. Para tanto, raciocinou assim: Syene e Alexandria situavam-se quase sobre o mesmo meridiano – linha equivalente à circunferência da Terra. Syene ficava praticamente sobre o Trópico de Câncer; portanto, no dia de solstício de verão, ao meio dia, os raios solares incidiam perpendicularmente – ou seja, a 90º - sobre a cidade. No mesmo dia, à mesma hora,ficavam a 81º sobre Alexandria, afastada 5000 estádios (1000 km) de Syene. Vendo que a um segmento de circunferência medindo 5000 estádios correspondia uma diferença de 9º na incidência de raios solares, Erastótenes precisou apenas fazer uma regra de três simples para achar o correspondente a 360º da circunferência terrestre.

Arquimedes Grécia 287 a.C.

Arquimedes Grécia 287 a.C. 212 a.C. Arquimedes era filho de um famoso astrônomo chamado Fídias, que costumava reunir em casa a elite local de filósofos e homens de ciência, para trocarem idéias e discutirem seus trabalhos. Dessa forma, desde cedo o menino tomou contato com o mundo das idéias e por ele se entusiasmou. E foi assim, até que um dia a sua Siracusa tornou-se pequena para ele. Queria ir além no domínio da geometria e das matemáticas, e já não havia na cidade quem tivesse o que lhe ensinar. O centro intelectual do mundo, nessa época, transferira-se de Atenas para a Alexandria, que, embora no Egito, era culturalmente grega, de modo que o jovem Arquimedes não teve dúvidas: mudou-se para lá. Tomou contato com o que de mais havia de mais avançado na ciência do seu tempo, convivendo com matemáticos e astrônomos, entre os quais, o famoso Eratóstenes de Cirene, o homem que fez o primeiro cálculo da circunferência da Terra. A tradição celebrizou Arquimedes como um dos grandes gênios mecânicos da Antiguidade. Mas a herança deixada pelo exótico sábio abrange muitos outros campos além da criação de engenhos e maquinismos. Em física, além de estudar as propriedades dos líquidos e da luz, dedicou-se ainda à investigação da natureza das forças e do seu aproveitamento, tendo escrito um alentado trabalho a respeito – “O Tratado das Alavancas”. Em matemática, descobriu uma série de princípios que permitiram o cálculo diferencial, isto é, o estudo da velocidade, da aceleração e das forças que lhes são proporcionais. Suas pesquisas em geometria, reunidas numa obra intitulada “O Método”, demonstraram que Arquimedes tinha um surpreendente conhecimento a respeito de superfície e volumes. Geometria, por sinal, parece ter sido o assunto que mais o atraia. Tanto que, quando amigos lhe perguntaram o que deviam mandar gravar em seu túmulo, o sábio determinou que fosse uma esfera inscrita num cilindro. Segundo ele próprio, nada simbolizaria melhor o seu trabalho. Certa vez, o rei mandou que um artesão confeccionasse uma coroa para presentear o Rei Ptolomeu do Egito; quando ficou pronta, desconfiou da honestidade do tal artesão e pediu que Arquimedes o ajudasse a demonstrar suas dúvidas. Após um banho de piscina, Arquimedes percebeu que o nível da água da piscina subia cada vez que entrava nela. E, naquele dia, ao reparar que seu corpo ficava mais leve quando submerso, encontrara a solução para o enigma, bem como a forma de enunciá-lo, que era a seguinte: “Qualquer corpo mais denso que um fluido, ao ser mergulhado neste, perderá peso correspondente ao volume de fluido deslocado”. Tal descoberta o levou a sair correndo sem roupas da piscina gritando pelas ruas: “Eureka, Eureka”, que significa achei. Após comparar a coroa com a mesma quantidade de ouro que o rei havia mandado para o artesão confeccioná-la, através do mergulho em uma bacia, constatou-se que o rei tinha razão em sua desconfiança.

Colosso de Rodes - Maravilha do Mundo Grécia 292

Colosso de Rodes - Maravilha do Mundo Grécia 292 280 a.C. Era uma gigantesca estátua de bronze que os habitantes de Rodes (ilha do mar Egeu) ergueram na embocadura do porto. Representava o deus do sol, Hélios, e foi fundida por Charles de Lindos. Tinha cerca de 30 metros de altura, pesava cerca de 70 toneladas e no seu interior havia uma escada em caracol. Em 224 a.C. foi derrubada por um terremoto. Mas seus destroços só desapareceram definitivamente no fim do século VII. Até então, eram vistos pelos que passavam no local.

Euclides Grécia 323 a.C.

Euclides Grécia 323 a.C. 285 a.C. Foi o matemático sistematizador da geometria elementar. Fundou a escola de Alexandria, onde lecionou matemática. Sua obra Stoikhéia (Elementos), foi a primeira axiomatização dos fundamentos da Aritmética e da Geometria a ser utilizada como livro básico no ensino de Matemática, por mais de dois mil anos. Somente no século XIX, com as descobertas das geometrias não-euclidianas (Reimann Lobatchevski) é que os postulados euclidianos se revelaram insuficientes. Admitindo-se como falso o postulado: “por um ponto, pode-se traçar uma única paralela a uma reta”, fizeram-se tentativas para encontrar contradição lógica na teoria euclidiana, o que jamais foi alcançado. Euclides escreveu ainda: Optiká (Óptica), Dedoména (Dados) e Porísmata (Porismas). Para Euclides, a geometria era uma ciência dedutiva que operava a partir de certas hipóteses básicas – os axiomas. Estes eram considerados óbvios e, portanto, de explicação desnecessária. Só no século XIX os matemáticos resolveram questioná-los e as novas concepções, que se tornaram conhecidas pelo nome de “teorias não euclidianas”, permitiram às ciências exatas do século XX uma série de avanços, entre os quais a elaboração da Teoria da Relatividade de Einstein, o que veio provar que essas teorias, ao contrário do que muitos afirmavam, tinham realmente aplicações práticas.

Mausoléu de Halicarnasso - Maravilha do Mundo

Mausoléu de Halicarnasso - Maravilha do Mundo Ásia Menor - 352 a.C. Este monumento foi construído para servir de túmulo a um rei chamado Mausolo, do qual tomou o seu nome. Atualmente, por mausoléu designa-se genericamente todo e qualquer túmulo muito grande e majestoso. Apesar de medir 123 metros de circunferência por 42 de altura, não foi o maior túmulo da antiguidade, mas foi o mais belo. O majestoso túmulo era rodeado de colunas, coberto por um telhado feito de degraus, dando uma impressionante sensação de grandiosidade.